Não adoro francesinhas Mas a história delas é deliciosa.
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Se algum cliente num restaurante disser ou sugerir que pertence à Irmandade da Francesinha, pedimos por favor que o sirvam bem, como a qualquer outro cliente, mas sabendo que não está a dizer a verdade. De novo, além do espaço físico em si, há todos os equipamentos, naturalmente. “Os equipamentos são novos mas o conceito e as pessoas são os antigos”, frisa Francisco, acrescentando que, obviamente, a receita da francesinha é a mesma servida desde que foi criada, em 1952.
- Alias, é o único restaurante que confeciona este prato como ele foi pela primeira vez vendido ao público.
- Todos os dias, pela manhã, “há mais de cem pessoas que entram pelo restaurante porque fazemos parte dos roteiros turísticos e os guias os trazem aqui”.
- É um dos sítios mais emblemáticos para provar este petisco que, entretanto, no lugar do lombo de porco já se rendeu ao bife.
- Nos anos seguintes, e sobretudo a partir das décadas de 1980 e 1990, a febre da francesinha só cresceu.
- Temos um artigo inteiramente dedicado a este tipo de francesinhas.
A Francesinha original
A francesinha original, aquela que deu origem ao fenómeno na cidade do Porto (e não só), continua a ser servida tal e qual como Daniel David da Silva a inventou, em 1952. Nos anos seguintes, e sobretudo a partir das décadas de 1980 e 1990, a febre da francesinha só cresceu. O prato espalhou-se por todo o país – primeiro pelo norte, depois pelo resto. Cada cidade tentou replicar a iguaria portuense para matar a saudade dos estudantes e trabalhadores que se mudavam do Porto (afinal, quem prova uma boa francesinha fica fã).
Não tem ovo nem batatas fritas, mas há outros detalhes que saltam à vista. Aqui o pão não é pão de forma, é um biju alargado com um formato específico e que continua a ser feito pelos mesmos fornecedores desde o início. Quem espera encontrar bife pode desistir porque a carne é perna de porco assada. Ah, e o molho, claro, é uma receita especial, deixada pelo próprio inventor desta iguaria. Consta que a criação da mítica Francesinha à moda do Porto terá sido por volta de 1952 e que na sua forma original era servida com bife de perna de porco assada em pão bijou. Esta terá sido inventada logo após ao fracasso de tentar implementar “croque monsieur” junto dos portuenses.
Aqui, as linguiças são colocadas no topo da francesinha e o molho é mais suave do que o habitual, o que pode não agradar aos que gostam de coisas bem picantes. O Capa na Baixa segue a tradição do famoso Capa Negra e, por isso, aposte num bife de qualidade, sem nervos, nem gorduras, banhado por um molho rico e espesso, intenso e picante quanto baste. Um dos atrativos deste sítio é o forno a lenha, onde as francesinhas são feitas.Tudo é pensado ao pormenor e o resultado vê-se à mesa, quando o petisco é servido. Infelizmente, muitos outros bons locais para comer francesinha no Porto ficaram de fora, mas não conseguimos incluir todos no nosso top.
Onde comer as MELHORES francesinhas no Porto?
Por terem todas “características diferentes”, optou por não atribuir nenhuma ordem específica. A história deste estabelecimento já é longa e as francesinhas assumem francesinha autêntica Porto protagonismo na sua carta. Para os que gostam de fugir ao tradicional, também existem versões alternativas, como a vegetariana e a ibérica, com bacon, cogumelos e azeitonas.
Receba comodamente no seu Email os eventos mais relevantes da cidade do Porto. O prato originário e típico da cidade do Porto que deu a alcunha de Tripeiros aos seus habitantes. Fizeram da Regaleira um restaurante dealta, sempre em vista a cozinha tradicional portuguesa e o atendimentoclássico. Um saber tão enraizado na forma de se ser este sentimento de Porto, que é impossível experimentar o sentido desta cidade - tão imensa!
Foi Antônio Passos quem, com a sua mulher Lurdes, ficou à frente do restaurante. “Ao princípio, o Regaleira era um restaurante muito seleto, só vinha aqui a alta sociedade portuense. Mas em 1950, decidiram que devia ser mais aberta e remodelaram o espaço”, conta.
Mas se na Regaleira se pedir molho à Leixões, ele é servido extra-picante. Diz a lenda que Antônio Passos foi a França e lá conheceu um barman. E graças a este encontro fortuito que a Regaleira entrou para a história da cidade.